Além desses tristes acontecimentos, pescadores avistaram uma quarta baleia morta na praia de Picinguaba em Ubatuba nas últimas semanas. Essa informação foi repassada à equipe de monitoramento do Argonauta, porém, quando os técnicos chegaram ao local, não conseguiram localizar o animal.
Com esses registros, já são seis baleias encontradas mortas na região do litoral norte de São Paulo nos últimos meses, o que levanta preocupações sobre a conservação desses animais marinhos. As carcaças das baleias-jubarte juvenis estavam em avançado estado de decomposição, o que dificultou a identificação da causa das mortes.
De acordo com o oceanólogo Hugo Gallo Neto, presidente do Instituto Argonauta, as mortes desses animais podem estar relacionadas à falta de alimento, doenças e até interações acidentais com atividades humanas, como a pesca e o abalroamento com embarcações. Porém, as causas exatas ainda não foram identificadas.
As carcaças das baleias foram enterradas, seguindo recomendações de especialistas. Segundo o oceanólogo, o enterro desses animais é uma prática segura e benéfica, contribuindo para a saúde do ecossistema local ao devolver nutrientes ao ambiente.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) informou que os materiais coletados das carcaças serão utilizados para futuras análises e pesquisas sobre a ocorrência desses animais na região. A baleia-jubarte, que recentemente saiu da lista de ameaçadas de extinção, continua sendo um mamífero marinho de grande importância para o ecossistema marinho.
É fundamental ressaltar a importância da conservação dos oceanos e do habitat desses animais para garantir a manutenção dessa espécie que desempenha um papel crucial no equilíbrio ambiental. O aumento do número de baleias-jubarte no litoral brasileiro é um sinal positivo, mas requer cuidados e atenção por parte da sociedade e das autoridades ambientais.