Durante sua campanha eleitoral, Pezeshkian prometeu retirar o Irã de seu isolamento e estabelecer relações construtivas com o restante do mundo, especialmente com os europeus. Ele criticou a decisão dos Estados Unidos, em 2018, de se retirar unilateralmente do acordo internacional sobre o programa nuclear do Irã, um pacto assinado com outros países como França, Reino Unido, Alemanha, Rússia, China e os EUA para restringir as atividades nucleares iranianas em troca de alívio de sanções econômicas.
Pezeshkian enfatizou que os Estados Unidos precisam reconhecer a realidade e compreender que o Irã não cederá a pressões. Além disso, criticou as potências europeias por não honrarem seu compromisso de manter o acordo nuclear e mitigar os efeitos das sanções americanas contra o Irã.
Aos 69 anos, Pezeshkian venceu o segundo turno em 5 de julho e assumirá a presidência em 30 de julho para um mandato de quatro anos. Ele sucederá Ebrahim Raisi, falecido em maio em um acidente de helicóptero. Vale ressaltar que o presidente do Irã não é o chefe de estado, já que a autoridade máxima recai sobre o guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei, que tem a palavra final em questões importantes do país.
Dessa forma, as declarações de Pezeshkian demonstram sua disposição em estabelecer um diálogo construtivo com os países europeus e reverter a falta de acordo nuclear, enquanto busca fortalecer as relações internacionais do Irã.