Ministro autoriza depoimento de envolvidos na morte de Marielle no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados em processo de cassação.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, concedeu autorização para que o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, prestem depoimento no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Eles serão ouvidos como testemunhas no processo de cassação do deputado federal Chiquinho Brazão, que é irmão de Domingos.

Os três são réus no STF sob a suspeita de terem sido os responsáveis pelo planejamento do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido no Rio de Janeiro em 2018. Chiquinho enfrenta um processo de cassação, no qual ele e seus irmãos negam qualquer envolvimento no crime.

A decisão de Alexandre de Moraes foi anunciada na sexta-feira, atendendo ao pedido do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Os depoimentos estão marcados para acontecer na segunda-feira e terça-feira, sendo a primeira vez que Domingos e Rivaldo falarão em público desde que foram presos preventivamente em março. A participação deles no conselho será por videoconferência, sendo que Rivaldo está detido em Brasília e Domingos na penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia.

Inicialmente, a defesa de Chiquinho Brazão havia apresentado outras testemunhas, porém a maioria delas não compareceu. Entre os convidados estavam o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o ex-policial militar Élcio de Queiroz, que confessou participação no assassinato de Marielle Franco.

Essa movimentação dos envolvidos no caso Marielle Franco permanece como um tema de extrema relevância para a investigação do crime e para a política nacional, que continua sendo influenciada por suas ramificações. A expectativa é de que os depoimentos das testemunhas sejam esclarecedores para o processo de cassação do deputado federal Chiquinho Brazão.

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