Pastor da Assembleia de Deus provoca polêmica ao afirmar que TEA é consequência de visita do diabo no ventre da mãe.

Pastor da Assembleia de Deus causa polêmica ao atribuir TEA à visita do diabo

Um pastor da Assembleia de Deus na cidade de Tucuruí, no Pará, gerou controvérsia nas redes sociais ao afirmar que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é resultado de uma “visita do diabo no ventre” da mãe durante a gravidez. O pastor Washington Almeida fez essas declarações durante um culto de celebração dos 90 anos da igreja, e o vídeo do discurso viralizou na internet.

No vídeo, o pastor alega que “o diabo está visitando o ventre das desprotegidas”, sugerindo que as mães de crianças com TEA foram alvo de influência maligna. Ele menciona um suposto aumento no número de autistas, atribuindo essa estatística à intervenção demoníaca nos ventres das gestantes. Essas declarações foram duramente criticadas nas redes sociais por disseminar desinformação e preconceito.

Após a repercussão negativa, o pastor publicou um vídeo pedindo desculpas por suas declarações. Ele alegou que suas palavras foram infelizes e que não refletem seu verdadeiro caráter. Almeida reconheceu o erro e admitiu que se excedeu em seu discurso.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição caracterizada por alterações no desenvolvimento neurológico, que afetam a comunicação, interação social e comportamento. Segundo o Ministério da Saúde, não há uma causa única para o TEA, sendo resultado da interação entre fatores genéticos, biológicos e ambientais.

O pedido de desculpas do pastor foi recebido com diferentes reações nas redes sociais, onde a discussão em torno do tema ainda continua. Muitos usuários pedem mais informação e conscientização sobre o TEA, destacando a importância do diagnóstico precoce e do apoio às famílias que lidam com essa condição.

Em um momento em que a inclusão e o respeito à diversidade são pautas cada vez mais urgentes, é fundamental que líderes religiosos e figuras de influência estejam atentos às suas palavras e ao impacto que estas podem causar na sociedade. É necessário promover o diálogo e combater o preconceito, garantindo respeito e igualdade para todos.

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