A escolha do novo presidente pode ter até três turnos, sendo que nos dois primeiros é necessário uma maioria absoluta para eleger um candidato. No terceiro turno, basta uma maioria simples de votos para definir o vencedor. Essa dinâmica de votação pode indicar a possibilidade de um acordo mais amplo que leve à formação de um novo governo.
Os principais partidos com representação no Parlamento francês não chegaram a um acordo prévio. A Nova Frente Popular, coalizão de esquerda que foi a mais votada nas últimas eleições, indicou o experiente deputado Andre Chassaigne para o cargo de presidente da Assembleia.
Por sua vez, o bloco de Macron apresentou a candidatura de Yaël Braun-Pivet, enquanto o grupo independente Liot indicou Charles de Courson. Além disso, o Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen e Jordan Bardella, escolheu Sébastien Chenu, e o partido Os Republicanos apresentou Philippe Juvin como candidato.
A eleição para presidente da Assembleia não encerra a negociação política em torno da formação de um novo governo. A escolha de um novo primeiro-ministro é essencial para definir a composição do executivo. Até lá, Gabriel Attal continua interinamente no cargo, após ter sua demissão aceita por Macron.
Analistas acreditam que, se não houver um acordo nas eleições desta quinta, o governo provisório poderá se estender e até mesmo apresentar o orçamento para o próximo ano após os Jogos Olímpicos de Paris. A definição do novo Gabinete é aguardada com expectativa, uma vez que pode influenciar diretamente a condução política do país nas próximas etapas.