O ex-presidente, de 54 anos, permanecerá sob custódia até dezembro de 2025, conforme estabelecido pela Suprema Corte peruana. O Ministério Público pede uma pena de 34 anos de prisão para Castillo, alegando que ele teria tentado dar um golpe de Estado ao tentar governar por decreto após a dissolução do Congresso.
Desde sua captura em dezembro de 2022, Castillo está detido em uma prisão especial para ex-presidentes nos arredores de Lima. Durante as audiências, o ex-mandatário declarou que nunca pegou em armas e justificou sua tentativa de dissolver o Congresso alegando que as forças armadas não acataram suas ordens.
Pedro Castillo foi eleito presidente do Peru em 2021, com um mandato previsto até 2026, mas foi destituído após apenas 17 meses no poder. Sua vice-presidente, Dina Boluarte, assumiu o cargo em meio a protestos que clamavam por sua renúncia, o fechamento do Congresso e a antecipação das eleições para 2023.
A decisão da Suprema Corte do Peru de ampliar o mandado de prisão preventiva contra Pedro Castillo reflete a gravidade das acusações que pesam sobre o ex-presidente e sinaliza um desfecho judicial prolongado e complexo para este caso de grande repercussão política no país andino.