Os hospitais afetados precisaram recorrer a operações manuais, já que seus serviços digitais ficaram inacessíveis devido ao apagão cibernético. No entanto, o Ministério da Saúde de Israel afirmou que o cuidado aos pacientes não foi prejudicado e que os hospitais estavam preparados para lidar com essa interrupção após exercícios de preparo.
Enquanto isso, no Reino Unido, as consultas médicas também foram afetadas pela interrupção global nos sistemas de computadores. Isso levou a preocupações sobre a segurança dos pacientes e aumentou a pressão sobre um já sobrecarregado Serviço Nacional de Saúde. Os consultórios de clínicos gerais enfrentaram dificuldades para acessar exames, testes de sangue e históricos de pacientes devido aos problemas globais de TI que afetaram o sistema de software EMIS.
Para contornar os problemas, o NHS teve que recorrer a medidas de baixa tecnologia, como o uso de registros de papel e prescrições manuscritas, além de contatos telefônicos habituais para se comunicar com os médicos. A situação deixou clínicos gerais como Farah Jameel, de Londres, preocupados com a falta de acesso a informações importantes dos pacientes e o possível acúmulo de atrasos no atendimento.
Em um cenário em que a cibersegurança é fundamental, a queda de um programa amplamente utilizado neste contexto e problemas nos serviços em nuvem da Microsoft têm preocupado os profissionais da saúde e os pacientes. A CrowdStrike Holdings Inc. alertou clientes sobre falhas no sistema operacional Windows da Microsoft causadas por seu produto Falcon Sensor. Vários consultórios de clínicos gerais e grupos de saúde relataram problemas, impactando a capacidade de marcar consultas e atender pacientes.
A interrupção nos sistemas de computadores de clínicas médicas ressalta a importância da segurança cibernética e da preparação para possíveis incidentes desse tipo, sobretudo em um contexto de dependência crescente da tecnologia digital para oferecer cuidados de saúde de qualidade. Casos como esse servem como alerta para a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura de TI e resiliência cibernética para garantir a continuidade e a segurança dos serviços de saúde em tempos de grande vulnerabilidade a ataques e falhas tecnológicas.
