Os promotores Ivan Carneiro e Alexandra Facciolli Martins estão conduzindo o inquérito para apurar a extensão dos prejuízos aos ecossistemas aquáticos locais e quais medidas deverão ser tomadas para reparar os danos causados. Para isso, já solicitaram informações sobre o caso à usina, à Cetesb, à Polícia Ambiental, à Delegacia de Polícia de Rio das Pedras, ao Semae e às prefeituras de Piracicaba e São Pedro.
Os problemas ambientais foram percebidos no dia 7 de julho, quando o odor alterado do rio e a mortandade dos peixes chamaram a atenção das autoridades. Após investigações, a Cetesb apontou a Usina São José como a fonte poluidora responsável pelo derramamento de resíduos da cana-de-açúcar que causaram a morte de milhares de peixes.
Desde então, a Cetesb aplicou uma multa de R$ 18 milhões à usina pelo extravasamento de substâncias poluentes que comprometeram a oxigenação da água, levando à morte de aproximadamente 235 mil peixes em duas ocasiões distintas. Há indícios claros de que a empresa foi negligente em relação ao lançamento de poluentes, resultando em danos ambientais significativos.
Além disso, uma operação chamada Pindi-Pirá foi iniciada para a remoção dos peixes mortos da região afetada. A prefeitura de Piracicaba anunciou medidas para aprimorar a fiscalização do rio e monitorar sua qualidade de forma mais eficiente, a fim de evitar incidentes semelhantes no futuro.
A Usina São José defende-se, alegando que não há evidências de que suas atividades tenham causado a morte dos peixes. A empresa destaca que suas operações estiveram paralisadas entre 2020 e maio de 2024 e questiona a validade das conclusões da Cetesb. Enquanto isso, as autoridades continuam a investigar o caso e buscam formas de mitigar os impactos ambientais e apoiar as comunidades afetadas.