No entanto, a defesa de Weinstein está tentando antecipar o início do julgamento, solicitando que o mesmo seja realizado antes do agendamento previsto. O acusado, que atualmente se encontra em uma cadeira de rodas, terá que enfrentar novamente a justiça no caso de estupro e agressão sexual. A Promotoria já anunciou que busca ampliar as acusações contra ele.
O caso emblemático de Weinstein, que se tornou o principal alvo do movimento #MeToo, teve sua condenação anulada em abril por um tribunal de apelações. Os magistrados alegaram que o julgamento não foi justo, pois depoimentos de mulheres que não estavam diretamente relacionadas ao caso foram aceitos como evidência. Weinstein foi acusado de estuprar a atriz Jessica Mann em 2013 e de agredir sexualmente a assistente de produção Mimi Haleyi em 2006.
O ex-produtor, que continua a negar as acusações e alega que todas as suas relações sexuais foram consensuais, ainda enfrenta uma sentença de 16 anos por estupro em um tribunal da Califórnia. Mais de 80 mulheres, incluindo celebridades como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd, o acusaram de assédio, agressão sexual ou estupro, desencadeando um movimento global de denúncias.
Diante de todas as acusações e processos judiciais, Harvey Weinstein segue aguardando seu novo julgamento na prisão de Rikers Island, em Nova York, enquanto sua defesa busca reverter a sentença imposta na Califórnia. O caso continua a despertar interesse público e deve ter desdobramentos nos próximos meses.