Institutos renomados como Datincorp, Delphos e Meganálisis estão dando a vitória para o opositor Edmundo, representante da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que conta com o apoio da política María Corina Machado. No entanto, outras pesquisas realizadas pelo Centro de Medição e Interpretação de Dados Estatísticos (Cmide), Hinterlaces e Internacional Consulting Services (ICS) sugerem que Nicolás Maduro deve se manter no poder por mais um mandato, conforme informações divulgadas pela Telesur, veículo estatal.
Em meio a essa divergência, especialistas venezuelanos expressam preocupações com a confiabilidade dos estudos eleitorais no país. O sociólogo, economista político e analista Luis Salas ressaltou que historicamente as pesquisas tendem a favorecer o voto da oposição. Carmen Beatriz Fernández, diretora da DataStrategia, alertou para a volatilidade do eleitorado e possíveis falhas metodológicas nas medições.
Além disso, Francisco Rodriguez, professor da Universidade de Denver, apontou a falta de confiança nas pesquisas venezuelanas, destacando um viés a favor da oposição nos últimos anos. Com tantas incertezas, a eleição na Venezuela se torna ainda mais estratégica considerando o contexto internacional de bloqueios econômicos e a crise humanitária que levou milhões de pessoas a migrarem.
Esta eleição presidencial será crucial para a Venezuela, um país rico em recursos como petróleo, mas afetado por uma grave crise econômica e política nos últimos anos. A decisão dos eleitores no domingo determinará o futuro do país e poderá influenciar as relações internacionais da nação sul-americana. Com tantas incógnitas, resta esperar pelo desfecho desse importante capítulo na história política da Venezuela.