CFM solicita revogação de proibição de uso de fenol e alerta para prejuízos na saúde da população por falta de tratamentos.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou um ofício à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitando a revogação da resolução que proíbe o uso, venda e manuseio de fenol, exceto em casos de prescrição médica. O documento foi assinado pelos presidentes do CFM, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Segundo o ofício, a proibição da Anvisa tem prejudicado a assistência médica no Brasil em diversas especialidades, levando ao adiamento ou remarcação de tratamentos por profissionais de saúde. O CFM alega que essa medida administrativa pode resultar no agravamento de quadros clínicos, com consequências incalculáveis para a saúde da população e a autonomia dos médicos.

O pedido de revogação da resolução é urgente, de acordo com o ofício, para que seja estabelecida uma regulamentação que permita o uso, venda e manuseio do fenol apenas mediante prescrição médica.

A proibição do fenol pela Anvisa veio após um caso de morte envolvendo o empresário Henrique Silva Chagas. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) entrou com uma ação judicial para proibir a venda de substâncias à base de fenol para indivíduos não médicos, após a morte de Henrique.

O empresário faleceu após um procedimento estético realizado com fenol, aplicado por uma pessoa sem formação na área. A influenciadora Natalia Becker foi responsável pela aplicação da substância que resultou na morte de Henrique.

Diante desse cenário, o CFM e outras entidades médicas buscam a revisão da resolução da Anvisa para garantir que o fenol seja utilizado de forma segura e responsável, somente sob prescrição médica. A saúde e a segurança dos pacientes são prioridades nessa discussão, com o objetivo de evitar tragédias como a que ocorreu com Henrique Silva Chagas.

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