Desde cedo, J. Borges mostrou sua paixão pela arte, confeccionando brinquedos artesanais e vendendo livros de cordel. Aos 21 anos, ele escreveu “O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina”, xilogravado por Mestre Dila e que alcançou grande sucesso de vendas, demonstrando o talento e a criatividade do artista.
Seu trabalho inovador e autêntico chamou a atenção de colecionadores e marchands, não apenas no Brasil, mas também internacionalmente. As gravuras de J. Borges ultrapassaram as fronteiras nacionais e foram expostas em diversos países, como Suíça, México e Estados Unidos, consolidando sua reputação como um dos grandes mestres da xilogravura.
Além de sua produção artística, J. Borges também atuou como professor, compartilhando seu conhecimento em xilogravura e entalhamento em instituições renomadas na Europa e nos Estados Unidos. Em sua cidade natal, Bezerros, um memorial foi criado em sua homenagem, preservando parte de sua obra e legado para as futuras gerações.
Recentemente, suas obras foram celebradas em uma exposição no Museu de Arte do Rio, destacando 40 xilogravuras, incluindo peças inéditas e matrizes importantes de sua carreira. O impacto de J. Borges na arte xilográfica é indiscutível, enriquecendo a cultura popular brasileira e conquistando reconhecimento global.
A partida de J. Borges representa uma perda significativa para o mundo das artes, mas seu legado permanece vivo através de suas obras, que continuam a encantar e inspirar aqueles que admiram seu trabalho. O legado do mestre da xilogravura seguirá influenciando as gerações futuras e deixando uma marca indelével na história da arte brasileira e mundial.