Os manifestantes, empunhando bandeiras da Venezuela, se concentraram em frente ao prédio que costumava abrigar o consulado de seu país em Miami, agora transformado em um banco. Em meio ao protesto, Adelys Ferro, diretora-executiva do Venezuelan American Caucus, destacou a importância de manifestar contra a “ditadura criminosa” de Nicolás Maduro, que privou os venezuelanos nos EUA do direito de votar.
Adelys Ferro também mencionou que o governo venezuelano poderia ter facilitado o voto no exterior, mesmo sem representação diplomática, mas optou por não fazê-lo. A comunidade venezuelana em Miami expressou sua frustração por não poder participar das eleições que definirão o futuro político de seu país, agora nas mãos do chavismo há 25 anos.
Allam Chávez, um dos manifestantes, deixou sua cidade natal na Venezuela há oito anos e agora espera por uma mudança política que permita seu retorno ao país. A expectativa é que a oposição vença as eleições e proporcione melhores condições para os venezuelanos que deixaram sua terra natal devido à grave crise econômica e política.
Com cerca de 640 mil venezuelanos nos Estados Unidos, segundo dados recentes, a participação da comunidade nas eleições seria crucial. Enquanto Nicolás Maduro busca um terceiro mandato, o principal adversário, Edmundo González Urrutia, representa a popular líder opositora María Corina Machado, que foi impedida de concorrer por razões políticas.
O clima de esperança e mobilização da comunidade venezuelana em Miami demonstra a vontade de mudança e renovação política na Venezuela, mesmo à distância. A incerteza quanto aos resultados e o futuro do país permanecem no centro dos debates e preocupações desses cidadãos que anseiam por um novo rumo para sua nação.