Durante o anúncio dos resultados das eleições ocorridas no último domingo, o presidente do CNE, Elvis Amoroso, acusou um suposto ataque hacker como justificativa para o atraso na divulgação dos números. A oposição, por sua vez, alega que o CNE deliberadamente dificultou a transmissão das atas eleitorais para declarar Nicolás Maduro como vencedor através de fraude.
“Essa ação não teve sucesso, mas atrasou o processo e o anúncio dos resultados”, afirmou Amoroso em seu discurso. Ele também enfatizou que tentativas de adulterar as atas foram percebidas e que estão sendo coletados elementos de convicção sobre as ações.
O domingo foi marcado por uma eleição presidencial tensa na Venezuela, que colocou em risco a continuidade do chavismo, que está no poder há 25 anos. Nicolás Maduro, o ditador que enfrentava Edmundo González Urrutia como principal adversário, foi declarado vencedor com 51,2% dos votos pelo CNE, controlado pelo chavismo. Com essa vitória, Maduro garantiu um terceiro mandato consecutivo, estendendo seu tempo total na presidência para 18 anos.
Por outro lado, a oposição contesta o resultado e afirma que seu candidato, Edmundo Gonzalez Urrutia, venceu com 70% dos votos. María Corina Machado, líder da oposição, declarou: “A Venezuela tem um novo presidente eleito, e é Edmundo Gonzalez Urrutia”, e considera o resultado divulgado pelo CNE como “impossível”.
As tensões políticas na Venezuela estão cada vez mais intensas, chamando a atenção de organismos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), que convocou uma reunião extraordinária para discutir as eleições no país sul-americano. A situação política na Venezuela continua sendo um dos assuntos mais relevantes da atualidade.