Em uma coletiva de imprensa realizada em Caracas, María Corina afirmou que a oposição possui acesso a pouco mais de 73% das atas de votação e que, com esses dados, é possível constatar uma vitória incontestável do candidato opositor, Edmundo González Urrutia.
De acordo com informações divulgadas pela oposição, González teria recebido 6.275.130 votos, enquanto o atual presidente, Nicolás Maduro, teria recebido 2.759.256 votos. Esses números são bastante discrepantes em relação aos dados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral, que declarou Maduro como vencedor com 51,2% dos votos válidos.
Em meio à disputa de narrativas e acusações de fraude, a oposição lançou um site disponibilizando os dados das atas eleitorais obtidas até o momento. No entanto, alguns eleitores relataram dificuldades em acessar o sistema, que apresentou inconsistências nas primeiras horas de funcionamento.
Diante desse cenário tenso e controverso, a oposição convocou protestos populares e prometeu continuar pressionando por uma recontagem dos votos e maior transparência no processo eleitoral. Enquanto isso, o oficialismo, através do Ministério Público, ameaçou processar criminalmente qualquer tentativa de questionar o resultado da votação.
Os desdobramentos dessas contestações e mobilizações políticas devem continuar gerando impacto na opinião pública venezuelana e internacional, com manifestações previstas para os próximos dias em Caracas. A busca por uma solução democrática e transparente para a crise eleitoral na Venezuela permanece como uma questão central nesse contexto de instabilidade política e social.