Segundo o líder militar venezuelano, os protestos ocorridos nos últimos dois dias no país são considerados atos de terrorismo e sabotagem, promovidos por uma estrutura internacional com o intuito de desacreditar o processo eleitoral. Padrino López destacou que tais manifestações de ódio e irracionalidade fazem parte de um plano preconcebido por grupos políticos que previam sua derrota. Ele ainda apontou a existência de uma tentativa de golpe midiático, com o apoio de redes sociais e do imperialismo norte-americano e seus aliados.
Desde a divulgação da vitória de Maduro nas eleições do último domingo, várias manifestações questionando o resultado foram registradas em diferentes partes da Venezuela. O Ministério Público do país informou que 759 pessoas foram presas, 48 policiais ficaram feridos e um membro da Guarda Bolivariana foi morto por arma de fogo. A ONG venezuelana Foro Penal estima que seis manifestantes tenham sido mortos desde a segunda-feira.
Padrino López denunciou a destruição de centros eleitorais, prédios públicos e privados, além de comandos militares e policiais, assim como símbolos da identidade nacional, como estátuas do líder Chávez. Ele ressaltou que os responsáveis por esses atos destrutivos, assim como por incitar a violência, serão identificados e responsabilizados judicialmente.
Diante desse cenário de confronto e incertezas, o governo de Maduro acusa a oposição e outros países de promoverem um suposto golpe de Estado, enquanto parte da oposição e organizações internacionais questionam a transparência das eleições e exigem a publicação das atas para uma auditoria dos votos. A segurança das urnas eletrônicas utilizadas na Venezuela tem sido motivo de debate, visto que o Conselho Nacional Eleitoral ainda não divulgou os documentos que comprovam o resultado eleitoral.
A população venezuelana segue dividida e em meio a um impasse político que tem levado a intensos confrontos e violência. A situação permanece delicada, com incertezas em relação ao futuro do país e ao resultado das eleições, ampliando a preocupação tanto interna quanto internacionalmente. Enquanto isso, o pedido do chefe militar para que a população evite a violência e a manipulação busca acalmar os ânimos e promover a busca por soluções pacíficas para a crise.