Sánchez, citado como testemunha no caso de tráfico de influência envolvendo sua esposa, invocou o direito que a lei lhe garante de se manter em silêncio em casos envolvendo seu cônjuge. Begoña, especialista em arrecadação de fundos para fundações e ONGs, já havia usado esse mesmo direito quando compareceu ao tribunal anteriormente.
Após o breve encontro com o juiz, Sánchez surpreendeu ao apresentar uma queixa contra Peinado por suspeita de prevaricação. O primeiro-ministro considera que a investigação contra sua esposa faz parte de uma campanha da direita para desgastar seu governo, e por isso decidiu contestar as ações do magistrado.
O embate tomou proporções ainda maiores quando Sánchez criticou o fato de ter sido convocado pessoalmente para depor, ao invés de por escrito, devido à sua condição de chefe de governo. Apesar da polêmica, a denúncia contra o magistrado foi enfatizada como uma expressão de confiança no Judiciário.
Esta foi apenas a segunda vez na história da Espanha que um chefe de governo em exercício foi convocado a prestar depoimento perante um magistrado. Sánchez seguiu com sua agenda, se reunindo com o rei Felipe VI em Maiorca e mantendo sua rotina de compromissos políticos.
O caso envolvendo Begoña Gómez chama atenção para as acusações de corrupção empresarial e tráfico de influência, que surgiram a partir de denúncias feitas por grupos políticos de extrema direita. A situação ainda está em andamento e promete gerar mais desdobramentos nos próximos dias.