As forças de segurança foram amplamente mobilizadas para a audiência, em uma decisão esperada pelas famílias das vítimas que aguardavam por quase 15 anos. O massacre ocorreu em setembro de 2009 e nos dias seguintes, quando membros da guarda presidencial de Dadis Camara, soldados, policiais e milícias reprimiram brutalmente um comício da oposição em um estádio nos subúrbios de Conacri.
O triste episódio resultou na morte de pelo menos 156 pessoas, centenas de feridos e 109 mulheres estupradas, de acordo com uma comissão de investigação da ONU. Além do ex-ditador, outros sete acusados também receberam sentenças, algumas delas de prisão perpétua.
Antes de proferir a sentença, o tribunal classificou as acusações como crimes contra a humanidade. Este julgamento marca um passo importante rumo à justiça para as vítimas e suas famílias, que aguardaram por muito tempo por algum tipo de reparação diante dos crimes hediondos cometidos.
Com esta decisão, a Guiné mostra seu comprometimento em punir os responsáveis por violações dos direitos humanos, ressaltando a importância de garantir que os crimes contra a humanidade não fiquem impunes. A condenação de Musa Dadis Camara ecoa em todo o país e serve como um lembrete da necessidade de justiça e responsabilidade perante atos tão cruéis e inaceitáveis.