Os bloqueios ocorrem principalmente em regiões estratégicas, como Oruro, que é conectado por importantes vias aos portos de Arica e Iquique, no Chile. Os transportadores estacionaram caminhões e ônibus de passageiros nas estradas, impedindo o tráfego de veículos.
Os postos de combustível registram longas filas de veículos em busca de abastecimento de diesel e gasolina. A falta de combustível é um problema recorrente na Bolívia, com a estatal petrolífera YPFB informando que há navios com combustível aguardando descarregamento no porto chileno de Arica.
O presidente Luis Arce entrou em contato com o presidente chileno, Gabriel Boric, pedindo celeridade no descarregamento e a suspensão dos bloqueios para permitir a chegada do combustível à Bolívia.
A escassez de dólares também é apontada como um dos motivos para a greve, já que limita o comércio importador e reduz a atividade das unidades de transporte. O governo boliviano tem utilizado suas reservas internacionais para subsidiar o preço dos combustíveis importados.
Desde o ano passado, a Bolívia tem enfrentado uma diminuição nas vendas de gás, sua principal fonte de receita até 2020. Isso resultou em uma menor entrada de divisas, contribuindo para a crise atual e para a necessidade de medidas emergenciais por parte do governo para garantir o abastecimento de combustíveis no país.