José Rubén Zamora, de 67 anos e fundador do extinto jornal El Periódico, sempre foi crítico do governo anterior, liderado por Alejandro Giammattei. Ele foi preso em julho de 2022, acusado de chantagem e lavagem de dinheiro. Meses depois, em junho de 2023, Zamora foi condenado a seis anos de prisão por lavagem de dinheiro, mas a sentença foi posteriormente anulada em uma corte de apelações.
Durante uma reunião com Arévalo, o diretor da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) para a América Latina, Artur Romeu, discutiu possíveis ações para garantir a libertação de Zamora. Romeu pediu que o presidente utilizasse todos os recursos à sua disposição, ressaltando as recomendações de instâncias internacionais que consideram a prisão do jornalista como arbitrária.
Consuelo Porras, procuradora-geral questionada, foi alvo de sanções dos Estados Unidos e da União Europeia por sua atuação considerada corrupta e antidemocrática. Arévalo tentou aprovar um projeto de lei para destituí-la do cargo, mas a proposta não avançou no Congresso.
O presidente argumentou que essa reforma seria o caminho para acabar com as injustiças e a perseguição contra jornalistas e defensores dos direitos humanos. Em maio passado, uma decisão judicial que concedia liberdade condicional a Zamora foi anulada a pedido do Ministério Público.
Com a pressão internacional sobre o caso de José Rubén Zamora, o governo da Guatemala se vê diante de um desafio para garantir a liberdade do jornalista e garantir o respeito pelos direitos humanos e pela liberdade de imprensa no país. A luta pela justiça e contra a corrupção no sistema judiciário guatemalteco continua a mobilizar a comunidade internacional em defesa da liberdade de expressão.