Durante uma reunião na Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington, Nichols fez a declaração mais direta até o momento, declarando que González derrotou Maduro por milhões de votos de diferença. Ele ressaltou a importância das atas divulgadas pela oposição, apontando uma disparidade evidente a favor de González. Esses números têm sido amplamente divulgados pela internet, apesar das tentativas do regime de bloqueá-los.
Ao aceitar as atas da oposição como válidas, Nichols enfatizou que González alcançou uma porcentagem significativa de votos, superando esmagadoramente Maduro. O diplomata não indicou se esse reconhecimento pode levar a uma aceitação de González como presidente eleito, nem se os Estados Unidos planejam aplicar sanções adicionais contra Caracas.
A declaração de Nichols ocorreu após uma conversa entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que destacaram a importância da transparência nos resultados eleitorais na Venezuela. A comunidade internacional, incluindo o Peru, tem pressionado por uma divulgação transparente das atas individuais das seções eleitorais para validar o processo eleitoral no país.
Enquanto Maduro promete entregar as atas, ele também ameaça prender líderes opositores que contestam os resultados. A situação continua tensa no país, com protestos e prisões em massa. A reunião da OEA foi marcada pela rejeição de uma resolução que exigia transparência do governo venezuelano. Apesar da pressão internacional, Maduro insiste em sua vitória, enquanto a comunidade internacional permanece dividida em relação ao reconhecimento do resultado das eleições.