Propostas para a Segurança Cibernética no Brasil incluem criação de agência nacional e aumento do orçamento de combate ao cibercrime

Hoje, durante a apresentação do documento Contribuições da Sociedade Civil e dos Setores Produtivos para a Estratégia Nacional de Cibersegurança ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, em São Paulo, foram expostas propostas importantes para o combate ao cibercrime. Entre elas, destaca-se a criação de uma agência nacional e o aumento do orçamento destinado a essa área.

Segundo Luana Tavares, fundadora e CEO do Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC), o relatório apresentado é resultado de oito meses de intensa pesquisa sobre a situação da cibersegurança no Brasil. Durante o seminário Mulheres e Cibersegurança, Luana ressaltou a necessidade de uma política ou estratégia nacional robusta para lidar com os desafios crescentes nessa área.

O Brasil figura como o segundo país mais atacado do mundo em termos de crimes cibernéticos, porém, a falta de dados e pesquisas públicas sobre o assunto dificulta a compreensão da real dimensão do problema. O documento enfatiza a importância da informação e do conhecimento especializado para o desenvolvimento de estratégias eficazes de combate ao cibercrime.

Além disso, as propostas contidas no relatório abrangem a necessidade de investimentos financeiros para a segurança cibernética, apontando que o Brasil investe consideravelmente menos que países desenvolvidos, como os Estados Unidos e o Reino Unido, nessa área. A criação de uma estrutura central de cibersegurança também é defendida, com uma abordagem mais educativa e conscientizadora para a sociedade, em contraponto à mera regulamentação.

A questão da legislação para crimes cibernéticos também foi abordada, destacando a necessidade de uma tipificação mais clara e abrangente. A proposta de criação de uma Política Nacional de Compartilhamento de Dados de Incidentes também foi mencionada, visando a centralização de informações para fortalecer a prevenção e resposta a esse tipo de crime.

Em suma, o documento apresentado durante o evento traz contribuições significativas para a elaboração de uma Estratégia Nacional de Segurança Cibernética mais eficaz e abrangente, evidenciando a importância do investimento e da educação da sociedade nesse tema tão relevante nos dias atuais.

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