Receita recorde: Ecad distribui R$ 817,6 milhões em direitos autorais no primeiro semestre, aumento de 31% em relação a 2023.

No primeiro semestre de 2024, mais de 315 mil profissionais da música, incluindo compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos, foram beneficiados com a distribuição de R$ 817,6 milhões em direitos autorais. Esse valor representa um aumento significativo de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme divulgado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) em comunicado nesta sexta-feira (2).

Os ganhos em direitos autorais foram impulsionados pelos segmentos relacionados ao mercado audiovisual, principalmente devido à crescente demanda por conteúdos digitais. A distribuição dos rendimentos foi destacada, sendo 47% provenientes dos segmentos de TV aberta e fechada, streaming de vídeos e cinema.

A superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, destacou a importância do mercado audiovisual para a indústria da música, especialmente com o crescimento do consumo digital via streaming. Ela ressaltou o esforço da equipe do Ecad em negociar contratos e garantir o pagamento dos direitos conexos para remunerar de forma justa os intérpretes, músicos e produtores fonográficos.

Amorim também mencionou que houve avanços nas negociações com empresas como Apple TV e Kwai, resultando nas primeiras distribuições de direitos autorais dessas plataformas. No entanto, ela reconhece que ainda há espaço para progresso, uma vez que nem todas as empresas e plataformas digitais reconhecem os direitos conexos.

Além dos segmentos de TV e cinema, outros setores da indústria musical contribuíram para os resultados do Ecad, como rádio, shows e streaming de áudio. A distribuição dos direitos autorais no primeiro semestre priorizou os detentores de direito autoral (compositores e editores), representando 78% do montante distribuído, enquanto os direitos conexos destinaram 22% para intérpretes, músicos e produtores fonográficos.

No segmento de shows, o Ecad distribuiu mais de R$ 107 milhões em direitos autorais no primeiro semestre de 2024, demonstrando um aumento de 22% em relação a 2023. Apesar do crescimento financeiro, o número de shows processados pelo Ecad diminuiu, refletindo uma queda de 27% em comparação ao ano anterior.

Para apoiar a classe artística, o Ecad está intensificando campanhas com empresas patrocinadoras de festivais, visando conscientizá-las sobre a importância de garantir os direitos autorais dos músicos. A superintendente Isabel Amorim reforçou a necessidade de as empresas investirem de forma responsável na música, respeitando a legislação brasileira e honrando os criadores musicais.

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