Em uma carta aberta, González explicou que considera o procedimento do órgão judicial irregular e violador das regras estabelecidas para a disputa eleitoral. Além disso, o candidato alegou que sua segurança pessoal estaria em risco caso comparecesse ao local. Ele enfatizou que o procedimento adiantado pela Câmara Eleitoral não tem respaldo legal na Lei Orgânica do Tribunal Supremo de Justiça ou em qualquer outra legislação eleitoral vigente.
A Câmara Eleitoral do TSJ venezuelano havia previsto ouvir os candidatos envolvidos no processo eleitoral, incluindo González, a partir desta quinta-feira. No entanto, o candidato opositor decidiu não participar das oitivas, alegando que o procedimento anunciado pelo tribunal representa uma usurpação das funções constitucionais do CNE.
González criticou o fato de que o órgão judicial estaria apenas certificando resultados que não foram produzidos de acordo com a Constituição e a lei, com acesso aos participantes às atas originais e auditorias necessárias. Ele ressaltou a necessidade de respeitar o devido processo legal e a transparência no procedimento de revisão eleitoral.
Desta forma, a recusa de Edmundo González Urrutia em comparecer à audiência agendada pelo TSJ venezuelano acrescenta mais um capítulo à conturbada política do país, refletindo as tensões e divergências no cenário político atual.