O comunicado oficial destacou que a Argentina concluiu de forma inequívoca que Edmundo González Urrutia foi o vencedor das eleições realizadas na Venezuela em 28 de julho. Além disso, o governo argentino repudiou veementemente as acusações criminais feitas contra o candidato vencedor e líder da oposição, bem como a prisão arbitrária de figuras importantes da oposição, jornalistas e trabalhadores da imprensa.
A chanceler argentina, Diana Mondino, afirmou nas redes sociais que González Urrutia é o legítimo vencedor e presidente eleito, em linha com declarações similares feitas pelo chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken. A posição firme da Argentina resultou na expulsão do pessoal diplomático argentino da Venezuela, que teve que deixar a embaixada em Caracas.
Com uma postura de extrema atenção e preocupação com os acontecimentos na Venezuela, o governo argentino emitiu o comunicado oficial nesta quarta-feira. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela proclamou Nicolás Maduro como presidente reeleito, enquanto a oposição afirma possuir cópias de mais de 80% das atas, indicando que González Urrutia obteve 67% dos votos.
Diante da situação delicada, o Brasil assumiu a custódia da embaixada argentina e a proteção dos refugiados, além de garantir a segurança da embaixada do Peru após o rompimento das relações diplomáticas com a Venezuela. O Ministério das Relações Exteriores argentino reforçou o apelo às autoridades venezuelanas para respeitar as obrigações estabelecidas pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e solicitou o restabelecimento do fornecimento de energia elétrica na residência oficial argentina em Caracas, interrompido há mais de uma semana.
Este posicionamento firme da Argentina reflete a preocupação do governo com a situação política na Venezuela e reforça o compromisso de defesa dos direitos democráticos e da liberdade política na região. O desfecho desse impasse político envolvendo as eleições presidenciais venezuelanas continua sendo acompanhado de perto pelas autoridades argentinas.