Guardas penitenciários espancam presas em protesto contra execuções na prisão de Evin, ferindo Narges Mohamadi, diz família da ativista.

Guardas penitenciários espancam presidiárias em protesto na prisão de Evin

Na última quinta-feira, um comunicado da família da ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Narges Mohamadi, revelou que ocorreram agressões por parte de guardas penitenciários contra presidiárias na seção feminina da prisão de Evin, localizada em Teerã. Os ataques teriam acontecido durante um protesto das detentas contra uma série de execuções, que incluiu a morte de Gholamreza Rasaei na terça-feira.

De acordo com o relato da família de Mohamadi, várias presas políticas se reuniram para protestar contra a execução de Rasaei e acabaram sendo alvos de agressões físicas por parte das forças de segurança. A família afirmou que houve ordens para espancar e atacar as mulheres, especialmente aquelas que estavam na linha de frente dos protestos. Narges Mohamadi, em particular, foi ferida durante o ocorrido, sofrendo um soco no peito que resultou em insuficiência respiratória e fortes dores na região.

Apesar da negação por parte da administração penitenciária iraniana, que alegou que nenhuma presidiária foi espancada e acusou as detentas de atacarem guardas, a família de Mohamadi expressou profunda preocupação com a saúde da ativista dos direitos humanos, que tem 52 anos e está detida desde novembro de 2021.

Narges Mohamadi, que já cumpriu uma série de penas e enfrentou desafios de saúde nos últimos anos, continua ativa em suas campanhas e apoio a manifestações no país. Ela recebeu uma nova pena de um ano de prisão por “propaganda contra o Estado” recentemente, acrescentando a uma lista extensa de acusações que resultaram em uma sentença de 12 anos e três meses de prisão, além de outras sanções.

As organizações de defesa dos direitos humanos estão alarmadas com a situação no Irã, onde as execuções têm aumentado, culminando na morte de 29 pessoas em uma única quarta-feira. Até o momento, 345 pessoas, incluindo 15 mulheres, foram executadas no país este ano, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.

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