As causas desse terrível acidente ainda estão sob investigação e o relatório final pode levar anos para ser concluído, dependendo da integridade dos dados da caixa-preta e dos sistemas de voo. Especialistas apontam que a formação de gelo nas asas da aeronave pode ter sido um dos fatores que contribuiu para a queda.
Celso Faria de Souza, especialista em aviação e perito criminal de Goiás, explica que as aeronaves contam com sistemas de degelo para evitar a formação de gelo nas asas, garantindo o pleno funcionamento dos sistemas de voo. No entanto, no caso da aeronave da VoePass, o sistema utilizado era de degelo, conhecido como de-icing.
De acordo com Celso, a formação de gelo nas asas e nos comandos da aeronave pode ter afetado as características de voo, resultando em uma perda de sustentação que levou a uma queda não controlada. A formação de gelo é comum em altitudes elevadas, devido às baixas temperaturas que ocorrem nas camadas superiores da atmosfera.
Além das possíveis causas do acidente, o papel da indústria aeronáutica e dos órgãos de investigação como o Cenipa ganha destaque. Após acidentes, como o ocorrido em Vinhedo, há uma mobilização intensa para compreender as causas e prevenir futuras ocorrências, promovendo mudanças significativas na forma como as aeronaves são verificadas.
A investigação do acidente em Vinhedo envolverá representantes da empresa de manutenção responsável, do fabricante da aeronave e da autoridade aeronáutica francesa. A importância de entender as causas para evitar que situações similares se repitam no futuro é fundamental para a segurança da aviação. Este triste episódio serve como alerta para a constante vigilância e manutenção adequada das aeronaves, visando sempre a segurança e bem-estar dos passageiros.