Yañez também afirmou que, mesmo com muitas pessoas sabendo da situação de violência que enfrentava, não recebeu ajuda durante o período em que vivia com Fernández na residência presidencial em Buenos Aires. A ex-primeira-dama revelou que teme retornar para sua casa e que está em Madrid, na Espanha, ao lado de seu filho Francisco, após se separar de Fernández.
O juiz Julián Ercolini decidiu reforçar a segurança de Yañez na cidade em meio às denúncias de violência de gênero contra o ex-presidente. Essa é a primeira vez que a ex-jornalista concedeu uma entrevista desde que apresentou a denúncia contra Fernández por violência de gênero, após fotos com marcas de golpes e hematomas em seu corpo virem à tona.
Fernández negou veementemente todas as acusações e afirmou que a verdade dos fatos difere das alegações de Yañez. A Justiça argentina emitiu medidas restritivas, como proibir a saída do país de Fernández e realizar buscas em sua residência em Buenos Aires, confiscando seu telefone celular.
O caso teve repercussão política na Argentina, com a ex-presidente Cristina Kirchner declarando que Fernández não foi um bom presidente, e ressaltando a gravidade das imagens que vieram à tona relacionadas ao caso de violência de gênero. A situação tem gerado tensões e mobilizado investigações judiciais, com a defesa de Yañez buscando justiça diante das acusações feitas contra o ex-presidente argentino.