A situação em Bangladesh se tornou tensa desde a tomada de posse de Yunus como chefe interino do governo. Relatos de violência contra casas, templos e empresas pertencentes à comunidade hindu têm circulado, indicando uma possível perseguição a essa minoria religiosa que é a maior no país de maioria muçulmana e que historicamente apoia a Liga Awami, partido de Hasina.
Diante desse cenário conturbado, o governo interino expressou sua preocupação com os ataques às minorias religiosas e anunciou medidas para conter esses atos de ódio. Além disso, a administração interina tem como prioridade fornecer apoio às famílias dos manifestantes mortos durante os protestos e garantir assistência aos feridos nos distúrbios recentes que resultaram em mais de 450 mortes.
No campo político, o novo presidente do Supremo Tribunal, Syed Refaat Ahmed, assumiu o cargo, substituindo Obaidul Hasan, um aliado de Hasina. Outras mudanças incluem a destituição do chefe da polícia e a nomeação em breve de um novo governador para o banco central.
As manifestações que levaram à queda de Hasina foram desencadeadas por protestos de estudantes contra um sistema de cotas que favorecia grupos ligados à Liga Awami. Nesse contexto, Yunus, um renomado economista conhecido como o “banqueiro dos pobres”, está empenhado em promover eleições livres e justas nos próximos meses.
Diante de toda essa turbulência política e social em Bangladesh, resta aguardar as próximas decisões e ações do governo interino liderado por Muhammad Yunus para tentar restabelecer a ordem e a estabilidade no país.