Sheikh Hasina, de 76 anos, atualmente está na Índia após fugir de helicóptero enquanto manifestantes inundavam as ruas de Dhaka, encerrando seu mandato marcado por um “punho de ferro”. O advogado Mamun Mia abriu o processo em nome de um cidadão e afirmou que o Tribunal Metropolitano de Dhaka ordenou que a polícia aceitasse o caso de assassinato contra os acusados, sendo este o primeiro passo de uma investigação criminal conforme a lei de Bangladesh.
Os acusados incluem Sheikh Hasina, o ex-ministro do Interior Asaduzzaman Khan, o secretário-geral do partido Liga Awami Obaidul Quader e quatro altos policiais nomeados pelo governo dela que renunciaram aos seus cargos. O caso alega que os sete são responsáveis pela morte do dono de uma mercearia, que foi morto a tiros pela polícia durante os protestos violentos.
Sheikh Hasina foi acusada de abusos generalizados de direitos humanos, incluindo execuções extrajudiciais de oponentes políticos. O vencedor do Prêmio Nobel Muhammad Yunus voltou da Europa para liderar uma administração temporária que pretende realizar eleições dentro de alguns meses. O governo interino também negou a intenção de banir o partido de Hasina, a Liga Awami.
A administração interina, composta principalmente por civis, pretende promover reformas democráticas e realizar eleições em breve. O ministro do Interior, Sakhawat Hossain, afirmou que a Liga Awami desempenhou um papel importante no movimento de independência do país e poderá continuar concorrendo às eleições no futuro. A equipe da AFP tentou contatá-los para obter mais informações, mas não obteve retorno até o momento.
Essa investigação intensa e os desdobramentos políticos em Bangladesh destacam a turbulência e a incerteza que o país enfrenta no cenário político atual. É essencial acompanhar de perto o desenrolar desses eventos e suas implicações para o futuro da nação.