Entre os presentes, estavam as famosas motocicletas com galões amarelos, que eram utilizadas para transportar bombas caseiras durante a rebelião contra o governo apoiado pelo Ocidente. O evento também contou com um discurso do primeiro-ministro afegão, Hassan Akhund, que defendeu a continuidade das políticas islamistas criticadas pela comunidade internacional.
A celebração continuou no estádio Ghazi, em Cabul, com exibições de boxe e luta exclusivamente masculinas. As mulheres foram proibidas de participar das festividades, refletindo a postura extremamente rigorosa dos talibãs em relação à aplicação da lei islâmica.
Após três anos de administração talibã, o Afeganistão permanece como um dos países mais pobres do mundo, com altos índices de desemprego e uma grave crise humanitária. Apesar disso, o governo conseguiu estabelecer relações diplomáticas com países vizinhos, como China e Rússia, e participar de negociações com o Ocidente em junho deste ano.
A ONG Human Rights Watch denunciou os abusos cometidos pelos talibãs contra as mulheres e meninas do país, apelando para que os países que cooperam com o grupo levem em consideração essas violações. A situação no Afeganistão continua sendo motivo de preocupação, especialmente diante do temor de ataques do grupo Estado Islâmico e da falta de reconhecimento internacional ao governo talibã.