Ativista ambiental Paul Watson permanecerá na prisão na Groenlândia até setembro por caso vinculado à caça de baleias no Japão.

O ativista ambiental Paul Watson foi mantido na prisão da Groenlândia até 5 de setembro, de acordo com a decisão do tribunal local, em relação à extradição solicitada pelo Japão. A Justiça local decidiu prorrogar a detenção de Watson para garantir sua presença no momento da decisão sobre a extradição, cuja data ainda não foi divulgada.

Paul Watson, fundador da ONG Sea Shepherd e conhecido por sua militância contra a caça de baleias, foi preso em 21 de julho, quando seu navio atracou em Nuuk. A prisão foi realizada com base em um alerta vermelho emitido pela Interpol em 2012, a pedido do Japão, que o acusa de danificar um navio baleeiro e ferir um marinheiro ao lançar uma bomba de mau cheiro em seu rosto, em um incidente relacionado às atividades de combate à caça de baleias.

A equipe jurídica de Watson considerou a manutenção da prisão como desproporcional e recorreu da decisão. O ativista, ao sair do tribunal, afirmou que a pressão sobre o Japão aumenta com sua detenção, visando acabar com as atividades ilegais de caça às baleias.

Segundo os advogados de Watson, a ordem de prisão foi baseada em dados equivocados e procuraram demonstrar durante a audiência, exibindo trechos de vídeos dos fatos. Eles afirmam que o Japão está inventando fatos para obter a extradição e condenação do cliente.

A prisão de Paul Watson gerou mobilizações em todo o mundo, com uma petição pela sua libertação reunindo mais de 62 mil assinaturas. A Presidência francesa apelou à Dinamarca para não avançar com a extradição. A primeira-ministra do país escandinavo, Mette Frederiksen, ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

O caso de Watson é visto por sua equipe de defesa como uma questão de vingança por parte das autoridades japonesas, sendo considerado uma presunção de culpa no Japão. Além disso, o Japão é um dos últimos países a autorizar a caça comercial de baleias, e Watson é conhecido por suas ações para deter os baleeiros, utilizando métodos como armas acústicas, canhões de água e bombas de mau cheiro.

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