Segundo Claudinei Salomão, superintendente da Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo, a identificação de 40 corpos foi possível através da análise de impressões digitais. Os dados para a identificação das vítimas foram buscados em oito Estados diferentes.
As crianças que estavam no voo já tinham Registro Geral (RG), o que facilitou o processo de identificação. Além disso, os exames odontológicos foram utilizados para identificar outras vítimas, comparando tomografias feitas em vida com análises antropológicas.
Vladimir Alves Dos Reis, diretor do IML, destacou que não foi necessário recorrer aos exames genéticos de DNA, o que tornaria o processo mais demorado e custoso. Grande parte dos corpos apresentava mãos e digitais preservadas, uma vez que estavam com as mãos entre os braços no momento do incêndio controlado rapidamente.
Os trabalhos de perícia e identificação dos corpos começaram imediatamente após o acidente. A equipe responsável pelos laudos de antropologia ainda está finalizando o trabalho, que incluiu diferentes tipos de exames para confirmar as identidades das vítimas.
O acesso a informações de identificação é hoje mais facilitado, o que contribui para uma perícia mais rápida e precisa. Comparado a acidentes aéreos anteriores, como o da TAM em 2007, a identificação das vítimas foi mais eficiente e ágil, graças aos avanços tecnológicos e à conscientização da população.
Com a identificação dos 62 corpos concluída, o Brasil agora se volta para prestar solidariedade às famílias enlutadas e apoiá-las nesse momento de dor e perda.