As autoridades ucranianas estabeleceram uma administração militar na região de Kursk para manter a lei e a ordem e atender às necessidades básicas da população local. Este ataque em grande escala quebrou uma sequência de vários meses de reveses das tropas ucranianas, que resistem a uma invasão russa que já dura mais de dois anos e meio.
Mais de 120.000 russos foram deslocados devido aos confrontos e ao ataque em curso. Os sepultamentos de militares ucranianos mortos foram realizados em clima de comoção, com famílias enlutadas e homenagens prestadas nas áreas fronteiriças. Enquanto isso, em Kursk, evacuados aguardavam fila para receber alimentos e roupas da Cruz Vermelha Russa.
Moscou declarou ter enviado reforços para a região de Belgorod e ter reconquistado um vilarejo. O Exército russo informou que retomou o vilarejo de Krupets, na região de Kursk, e que continua a repelir os ataques ucranianos. Tanto a região de Kursk quanto a de Belgorod haviam sido alvos de pequenas incursões desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Diante dos intensos confrontos e das perdas humanas reportadas, a situação na Ucrânia permanece tensa. Os ataques russos no leste e sul do país resultaram na morte de civis, enquanto as tropas russas avançam em direção à cidade de Pokrovsk. O presidente ucraniano ressaltou que a maioria dos ataques russos ocorre no leste do Donbass, onde Moscou busca conquistar território. Enquanto isso, os esforços do Exército russo para defender a região de Belgorod permanecem em curso, em meio a uma escalada no conflito entre os dois países.