O governo do Talibã comemorou três anos desde sua retomada do Afeganistão, mas a realidade é que muitas crianças estão sendo privadas do direito fundamental à educação. Atualmente, quase 2,5 milhões de meninas estão sem acesso à educação no país, representando 80% das meninas afegãs em idade escolar. Essa situação é agravada pelas restrições impostas pelo Talibã às mulheres, sendo o Afeganistão o único país do mundo que proíbe meninas e mulheres de frequentar escolas secundárias e universidades.
A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, fez um apelo à comunidade internacional para que se mobilize em prol da reabertura incondicional das escolas e universidades para as meninas afegãs. A agência também alertou para a queda no número de alunos do ensino fundamental e superior, o que pode resultar em uma escassez de profissionais qualificados no país.
Diante desse cenário preocupante, é necessário que medidas urgentes sejam tomadas para garantir o acesso à educação para todas as crianças no Afeganistão. A falta de investimento na educação pode gerar consequências graves, como aumento do trabalho infantil e casamento precoce, prejudicando não apenas o desenvolvimento individual, mas também o progresso e a estabilidade do país como um todo.