Em uma entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (19), o ministro declarou que a situação representa uma emergência continental e ressaltou a importância da chegada das vacinas: “Estamos falando de uma emergência continental. Espero que na próxima semana já vejamos as vacinas chegando”, afirmou.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia declarado o mpox como uma emergência de saúde pública internacional devido ao aumento de casos na República Democrática do Congo e em países vizinhos, onde uma nova variante mais letal foi identificada. A OMS pediu aos territórios afetados que implementassem programas de vacinação para conter a disseminação da doença.
Para auxiliar no combate ao mpox, os Estados Unidos se comprometeram a fornecer 50 mil doses de vacinas à Kinshasa, enquanto o Japão acordou em enviar 3,5 milhões de doses ao país centro-africano, especialmente para crianças. O ministro congolês ressaltou a importância da vacinação como medida fundamental para resolver o problema: “A vacina é uma solução para nossos problemas. Nosso plano estratégico de vacinação está preparado. Estamos apenas esperando que as vacinas cheguem”, afirmou.
Com casos reportados em todas as 26 províncias do país, o mpox tem afetado cada vez mais pessoas jovens na República Democrática do Congo, com muitas crianças menores de 15 anos sendo infectadas. A doença, que teve sua primeira descoberta em humanos no país em 1970, ganhou uma nova cepa mais contagiosa e perigosa no ano passado, conhecida como clado 1b.
Além disso, a Agência de Saúde da União Africana (UA) reportou um total de 18.737 casos confirmados ou suspeitos de varíola símia na África este ano, sendo 1.200 deles registrados em apenas uma semana. A doença também se espalhou para fora da África, com o primeiro caso reportado na Suécia na semana passada.
A varíola dos macacos é uma doença viral que se propaga de animal para humano, sendo também transmitida por contato próximo com pessoas infectadas. Os sintomas incluem febre, dores musculares e lesões na pele. Com o aumento dos casos na República Democrática do Congo e em outros países africanos, a vacinação em larga escala tem se apresentado como a principal estratégia para controlar a disseminação do mpox e evitar mais óbitos.
