Durante o período de junho de 1943 a abril de 1945, Furchner desempenhou o papel de estenógrafa, anotando ditados e cuidando da correspondência do comandante do campo. Furchner e seu marido, que era colega oficial da SS no campo, testemunharam a morte de aproximadamente 65 mil pessoas, incluindo prisioneiros judeus, em condições desumanas.
A defesa da acusada havia recorrido da decisão do tribunal regional de Itzehoe, questionando se ela realmente estava ciente dos crimes cometidos no campo. No entanto, o Tribunal Federal de Justiça confirmou a sentença, destacando que ela tinha pleno conhecimento do que acontecia em Stutthof e apoiava ativamente as mortes dos prisioneiros.
O juiz presidente Gabriele Cirener ressaltou que a condenação da ré a uma pena suspensa de dois anos é definitiva. Uma pena suspensa permite ao réu evitar a prisão, desde que cumpra certas condições e não volte a cometer crimes. Furchner tentou fugir do julgamento em setembro de 2021, mas foi detida pela polícia, expressando arrependimento durante o processo.
Apesar de ter sido julgada em um tribunal juvenil devido à idade em que cometeu os crimes, Furchner foi considerada culpada por suas ações durante a guerra. O tempo está se esgotando para responsabilizar os envolvidos no Holocausto, e este julgamento pode ser um dos últimos de seu tipo na Alemanha. Com várias condenações recentes, a justiça continua a perseguir aqueles que cometeram crimes contra a humanidade durante a Segunda Guerra Mundial.
