A ocupação do edifício teve início na noite da última terça-feira (20) e representa mais um capítulo de uma série de manifestações que vêm ocorrendo na universidade. No dia 14, os estudantes já haviam ocupado o Pavilhão, resultando em confrontos com seguranças e servidores da Uerj. Apesar de terem recuado na ocasião, o grupo decidiu retornar à ocupação.
A reitora da Uerj classificou a ocupação como inaceitável, alegando que o sequestro de um prédio público prejudica toda a comunidade acadêmica. O protesto dos estudantes envolveu até mesmo a suspensão de uma sessão do Conselho Universitário, o que gerou ainda mais tensão entre as partes.
Os manifestantes negam qualquer início de violência por parte deles e afirmam que têm buscado negociações com a reitoria. No entanto, a Uerj alega que os estudantes já haviam utilizado de violência anteriormente, o que aumenta a complexidade do cenário.
A ocupação do Pavilhão João Lyra Filho completa três semanas e os estudantes clamam pela revogação de um ato administrativo que modificou as regras para recebimento de benefícios sociais na universidade. As novas normas excluem cerca de 1,2 mil estudantes, que não atendem aos critérios estabelecidos pelo Ato Executivo de Decisão Administrativa.
Diante do impasse, os alunos exigem que a reitoria se empenhe em buscar recursos para priorizar a assistência estudantil. Enquanto as negociações seguem em curso, a comunidade acadêmica da Uerj aguarda por uma resolução que contemple os interesses de todas as partes envolvidas.