Erros do Censo Demográfico 2022 são divulgados pelo IBGE: taxas chegam a 8,3% em todo o Brasil, com variação por região

Nesta quinta-feira (22), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou os dados referentes aos erros encontrados no Censo Demográfico de 2022. De acordo com o órgão, a correção de inconsistências é parte essencial em operações censitárias ao redor do mundo, sendo esta prática adotada pelo Brasil desde 1970. Contudo, esta é a primeira vez que o instituto torna públicas as taxas de erro encontradas.

A pesquisa foi realizada por meio da Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE), que consiste em revisitar uma amostra dos domicílios listados no censo original e identificar erros como omissões e inclusões indevidas. A pesquisadora do IBGE, Juliana de Queiroz, ressalta a complexidade do processo censitário devido ao tamanho e à territorialidade do Brasil, o que naturalmente resulta em níveis de imprecisão.

Segundo os dados divulgados, a taxa de omissão do Censo atingiu 12,2%, enquanto a inclusão indevida foi de 3,3%, resultando em um percentual de erro líquido de cobertura de 8,3%. A pesquisa também revelou que a maior parte dos erros, 13,2% do total, foi observada em municípios com mais de 1 milhão de habitantes, enquanto municípios menores apresentaram taxas menores de erro.

Em relação aos estados, o Rio de Janeiro foi identificado com a maior taxa de erro (15,5%), seguido por Rondônia, Roraima, Amapá e São Paulo, todos com índices em torno de 10%. Já Paraíba, Piauí e Alagoas foram os estados com menos correções necessárias. Quanto à faixa etária, jovens de 20 a 24 anos e de 25 a 29 anos foram os grupos que concentraram a maior taxa de erro.

Com os resultados da PPE, é possível reavaliar a estimativa populacional e aprimorar futuras pesquisas do IBGE. A transparência na divulgação dos dados de erros do Censo reforça o compromisso do Instituto em garantir a qualidade e confiabilidade das informações estatísticas no país.

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