Na carta, Bar abordou as atividades dos colonos conhecidos como “jovens do topo da colina”, extremistas que têm perpetrado assassinatos, incêndios criminosos e intimidação contra os palestinos da região. Essas ações visam expulsar os palestinos de suas terras e promover a busca da extrema direita pela anexação completa da Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.
O chefe do Shin Bet descreveu as ações dos colonos como terrorismo, evidenciando uma campanha que se intensificou devido à falta de resposta policial adequada e à conivência de certos líderes nacionais. Essas ações foram criticadas por Bar como uma grande mancha no judaísmo e em toda a sociedade israelense.
O ataque dos colonos israelenses contra o vilarejo de Jit na Cisjordânia, que resultou na morte de um jovem e deixou uma pessoa ferida, foi citado como exemplo da violência perpetrada pelos colonos contra os palestinos. Além disso, Palestinos relataram incêndios em veículos e casas provocados pelos colonos, sendo comparados por Isaac Herzog, presidente de Israel, aos “pogroms” da Rússia czarista.
Bar ressaltou a mudança de comportamento dos colonos, que passaram de fugir das forças de segurança para atacá-las. Ele alertou sobre as graves consequências dessas ações e mencionou que a situação estava se aproximando de um ponto crítico. Em meio às críticas e controvérsias, a liderança israelense tem sido questionada por colocar em risco a segurança do Estado em prol de uma ideologia.
Assim, a carta de Ronen Bar deixou clara a preocupação do aparelho de segurança israelense com as atividades dos colonos na Cisjordânia e sinalizou a necessidade de uma ação urgente para conter esses atos de violência. A tensão entre colonos e palestinos na região continua a ser um desafio para a estabilidade da região e a paz entre as duas comunidades.