Dez países da América Latina e EUA rejeitam validação de vitória de Maduro na Venezuela, Brasil se mantém neutro.

Na última sexta-feira, os Estados Unidos e dez países da América Latina, entre eles Argentina, Chile e Uruguai, rejeitaram veementemente a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que validou a vitória do ditador Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho. Essa postura foi compartilhada por países como Europa, EUA, Argentina, Chile, Equador, Peru, Panamá, entre outros, que acusaram o chavismo de fraude e reconheceram como vencedor o opositor Edmundo González Urrutia, que, segundo eles, recebeu a maioria dos votos.

A decisão do TSJ foi duramente criticada, pois a corte venezuelana é dominada pelo chavismo e suas decisões sempre estão alinhadas com o governo. A oposição afirma que Urrutia venceu as eleições e denuncia que o CNE e o TSJ, que são controlados pelo regime, não divulgaram as atas de votação nem realizaram auditoria independente. Apesar das denúncias de fraude, Maduro comemorou a decisão do TSJ em um comício na cidade de La Guaira.

Em contrapartida, o Brasil optou por não se posicionar oficialmente em conjunto com os países que rejeitaram a ratificação da vitória de Maduro. O presidente Lula da Silva não comentou abertamente sobre a questão, mas busca coordenar uma resposta conjunta com a Colômbia. Enquanto isso, México, Colômbia e Brasil exigem a publicação das atas de votação antes de se posicionarem oficialmente.

A falta de transparência na divulgação dos resultados eleitorais na Venezuela tem gerado uma grande tensão internacional, com divisões claras entre os países que apoiam Maduro e os que condenam a fraude eleitoral. A pressão para que sejam reveladas as atas de votação e a realização de uma auditoria independente são os principais pontos de questionamento e discordância nessa crise diplomática.

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