O Kremlin anunciou que Putin fará essa visita no dia 3 de setembro. Esta será a primeira viagem do presidente russo a um país signatário do Estatuto de Roma desde que o TPI emitiu o mandado de prisão contra ele em março de 2023. A Mongólia assinou o Estatuto de Roma em 2000 e ratificou em 2002, o que a torna obrigada a prender qualquer pessoa que chegue ao seu território com um mandado de prisão do TPI.
Enquanto o Kremlin sempre negou veementemente as acusações do TPI contra Putin, o presidente russo evitou viajar para o exterior por quase um ano e meio. Ele não compareceu a importantes cúpulas internacionais, como a do Brics na África do Sul e do G20 na Índia em 2023. No entanto, Putin fez viagens para a China, Coreia do Norte e Azerbaijão, países que não são membros do TPI.
A visita à Mongólia é por ocasião das comemorações do 85º aniversário da vitória conjunta das forças armadas soviéticas e mongóis sobre os militaristas japoneses. Vale ressaltar que a última visita de Putin à Mongólia foi em setembro de 2019. A Mongólia, país localizado entre Rússia e China, com 3,4 milhões de habitantes, tem um vasto território e é rico em recursos naturais.
No entanto, a questão que se coloca é se o presidente russo será preso assim que desembarcar em solo mongol, em conformidade com o Estatuto de Roma. A comunidade internacional, especialmente os observadores do TPI, estarão atentos a essa situação delicada e aguardam para ver como as autoridades da Mongólia irão lidar com a presença de Putin em seu território.