Esses dados foram revelados por uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, que também apontou que, em um período de cinco anos, o total de brasileiros que já apostaram nas chamadas bets alcançou a impressionante marca de 52 milhões. Dentre esses apostadores, 48% são considerados novatos, tendo realizado suas primeiras apostas apenas nos primeiros sete meses de 2024.
Ao analisar o perfil dos apostadores, a pesquisa revelou que 53% são homens e 47% são mulheres. Além disso, a faixa etária mais comum entre os apostadores é de 18 a 29 anos, representando 40% do total, seguida pela faixa de 30 a 49 anos com 41%. A maioria dos jogadores pertence às classes CD e E, correspondendo a 80% do total, enquanto as classes A e B representam 20%.
É interessante notar que, segundo o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, a facilidade de apostar pelo celular, o marketing agressivo das empresas de apostas e a dinâmica envolvente do jogo contribuem significativamente para a popularização das apostas esportivas online. No entanto, a pesquisa também apontou que 86% dos apostadores possuem dívidas e 64% estão com o nome negativado na Serasa.
Meirelles alerta para os efeitos negativos das apostas, principalmente em relação à saúde mental, onde 67% dos entrevistados conhecem pessoas que estão viciadas nesse tipo de jogo. Além disso, a pesquisa revelou que as apostas esportivas podem gerar ansiedade, mudanças de humor, estresse e sentimentos de culpa entre os apostadores.
Apesar dos aspectos negativos, também foram citados sentimentos positivos relacionados às apostas, como emoção, felicidade e alívio. Para muitos, as apostas esportivas online servem como uma forma de escapar de problemas ou emoções negativas. Portanto, o crescimento exponencial desse mercado no Brasil tem levantado questões importantes sobre os impactos sociais e individuais causados pelas apostas esportivas eletrônicas.