Natural de Cedro de São João, Maria do Carmo Alves se formou em direito em Aracaju e trabalhou com administração de empresas. Sua carreira política foi marcada pela parceria com seu marido, João Alves Filho, que foi duas vezes prefeito de Aracaju e três vezes governador de Sergipe. Nas eleições de 1998, o casal formou uma chapa para o governo e o Senado, porém apenas Maria do Carmo foi eleita. Durante sua passagem pelo Senado, ela se licenciou três vezes para chefiar secretarias em governos do marido.
Em seus discursos no Senado, Maria do Carmo Alves sempre se mostrou preocupada com as questões sociais e econômicas de Sergipe e do Nordeste. Ela criticava as medidas econômicas do governo federal, como abertura comercial e privatizações, defendendo os interesses da população sergipana.
A senadora também se destacou pela defesa dos direitos das mulheres, propondo leis que garantem assistência à saúde das mulheres presas durante a gestação e o puerpério, além de exigir o registro de indícios de violência contra a mulher nos prontuários médicos.
Em 2019, Maria do Carmo participou da fundação da bancada feminina no Senado, reforçando seu compromisso com a luta pelos direitos das mulheres. Em seu último discurso como senadora, ela ressaltou a importância da inclusão feminina na política e no mercado de trabalho.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decretou luto na Casa por três dias em homenagem à senadora Maria do Carmo Alves, que deixa um legado de dedicação à causa social e à defesa dos direitos das mulheres. Sua partida deixa uma lacuna na política brasileira e um exemplo de comprometimento com o desenvolvimento e bem-estar da sociedade.