Segundo fontes do governo Lula, a decisão judicial, que não será contestada pelo Brasil, fechou uma “janela de oportunidade” para um possível acordo que poderia ajudar a Venezuela a superar a crise política resultante do último pleito.
Analistas em Caracas, que preferem manter o anonimato, lamentam que os esforços dos governos do Brasil e da Colômbia não tenham conseguido conter o recrudescimento da repressão no país. O mandado de prisão contra González Urrutia é visto como um ato de intimidação sem precedentes contra líderes da oposição, buscando forçar o diplomata aposentado a deixar o país.
A situação da oposição é descrita como cada vez mais complicada, com González Urrutia se escondendo em casas de amigos por medo de ser preso. Sua esposa, em Caracas, está sob ameaça, o que tem gerado preocupação não apenas a ele, mas a toda a sua família.
O método de Maduro de intimidar e neutralizar a oposição reflete um cenário cada vez mais sombrio. Segundo especialistas, o governo venezuelano segue o modelo da Nicarágua ao reprimir dissidentes e opositores. A comunidade internacional é instada a não isolar a Venezuela, pois isso poderia intensificar a repressão no país.
Neste contexto, a mediação entre as partes parece distante, com a oposição enfrentando um isolamento crescente. Enquanto os governos brasileiro e colombiano tentam manter uma presença diplomática no país, evitando a expulsão de seus representantes, a perspectiva de uma negociação parece cada vez mais remota.
A crise venezuelana é um desafio para a comunidade internacional, que se mostra mais cautelosa em relação ao país. Rumores sobre a recusa de embaixadas em receber líderes opositores perseguidos e presos circulam em Caracas, enquanto Maduro parece determinado a reprimir qualquer forma de dissidência. A situação na Venezuela permanece incerta, com poucas perspectivas de melhora no curto prazo.