Opositor de Maduro denuncia perseguição política e pede intervenção do Ministério Público para evitar prisão injusta.

O cenário político na Venezuela segue tumultuado com a reeleição questionada de Nicolás Maduro e a crescente perseguição a opositores, como é o caso de Edmundo González Urrutia. O político, que se apresentou como adversário de Maduro nas eleições e alega ter vencido o pleito, encontra-se escondido há um mês temendo a ação do sistema de justiça venezuelano, acusado de servir aos interesses do chavismo.

Nesta quarta-feira, Edmundo González Urrutia fez um apelo ao Ministério Público para que evite perseguições políticas. O pedido ocorre em meio a investigações sobre sua suposta “desobediência às leis”, “conspiração”, “usurpação de funções” e “sabotagem”, relacionadas à divulgação de atas de votação que comprovariam sua vitória nas eleições impugnadas. O opositor de 75 anos tem sido alvo de uma ordem de prisão que dificulta seu direito à defesa e ao devido processo legal.

Diante dessa situação, líderes internacionais como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu homólogo colombiano Gustavo Petro, o chefe da União Europeia Josep Borrel e nove países latino-americanos expressaram preocupação com a prisão de González Urrutia. O Brasil e a Colômbia lideram esforços diplomáticos em busca de uma solução para a crise política na Venezuela.

A proclamação de Maduro para um terceiro mandato consecutivo gerou uma grave crise no país, com manifestações que resultaram em mortes, feridos e detidos. A reunião entre Maduro e líderes latino-americanos como Petro e Lula ainda não está confirmada, mas há expectativa de um encontro para discutir a situação política na Venezuela. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos desse impasse, que coloca em xeque a democracia e a estabilidade na região.

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