Presidente do México alerta Suprema Corte sobre possível bloqueio de reforma constitucional para eleição popular de juízes e ministros

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, emitiu um alerta contundente nesta sexta-feira (6) acerca de uma possível interferência da Suprema Corte do país na reforma constitucional que propõe a eleição popular de juízes e ministros. Para López Obrador, qualquer tentativa de bloqueio por parte da Suprema Corte seria considerada uma “aberração”.

O presidente, que é autor do projeto de reforma, criticou a presidente da Suprema Corte, Norma Piña, por questionar a competência do tribunal em barrar a proposta que está em andamento no Congresso. A iniciativa da presidente do tribunal veio em resposta a um recurso legal apresentado por funcionários judiciais em greve, o que gerou apreensão e debate sobre os limites do poder judiciário.

Durante sua coletiva de imprensa matinal, López Obrador expressou sua preocupação com a possibilidade de paralisação do processo de análise e aprovação da reforma. Ele ressaltou que interromper esse processo seria uma afronta à Constituição e uma clara violação da democracia e da justiça. O presidente enfatizou que seria como optar pela lei da selva, demonstrando desinteresse pelos princípios democráticos do país.

A reforma constitucional em questão foi aprovada pela maioria governista na Câmara dos Deputados e agora aguarda votação no Senado. A esquerda precisa de apenas mais um voto para atingir os dois terços necessários para aprovação de reformas constitucionais. A expectativa é que a votação ocorra na próxima semana, levando a um desfecho crucial para o sistema judiciário mexicano.

Em meio a esse cenário tenso e de incertezas, as atenções se voltam para a Suprema Corte e para o posicionamento dos senadores, que terão o poder de definir os rumos da reforma constitucional proposta por López Obrador. A controvérsia em torno dessa questão promete intensificar o debate político no México e colocar em xeque a relação entre os poderes Executivo e Judiciário no país.

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