Panamá deporta 130 migrantes indianos que atravessaram a perigosa selva do Darién em acordo com os EUA

Em uma operação conjunta entre o Panamá e os Estados Unidos, 130 migrantes indianos foram deportados nesta sexta-feira (6) após serem encontrados na selva do Darién, na fronteira com a Colômbia. O diretor de Migração do Panamá, Roger Mojica, confirmou a deportação dos cidadãos por imigração irregular durante uma coletiva de imprensa realizada logo após a decolagem do avião que os levava de volta para a Índia.

Este é o primeiro voo com migrantes deportados do Panamá para fora da América sob o acordo de cooperação com os EUA, sendo o quarto no total. Anteriormente, foram enviados duas aeronaves com deportados para a Colômbia e uma para o Equador. A agregada de Segurança dos EUA para a América Central, Marlen Piñeiro, destacou o apoio do governo panamenho e ressaltou a importância de combater a imigração irregular.

A selva do Darién se tornou um corredor arriscado para migrantes que buscam chegar aos Estados Unidos atravessando a América do Sul, enfrentando perigos como rios caudalosos, animais selvagens e grupos criminosos. No ano de 2023, mais de 520.000 pessoas cruzaram essa região, incluindo venezuelanos, colombianos, equatorianos e chineses. Neste ano, mais de 236.000 migrantes, sendo a maioria venezuelanos, realizaram essa travessia.

Os migrantes indianos foram transportados em um voo charter de uma companhia americana com destino a Nova Délhi, realizando duas escalas técnicas em cidades não reveladas por motivos de segurança. A operação de deportação contou com a presença de cinco mulheres, que desceram das caminhonetes com as mãos algemadas embaixo de um sol escaldante no aeroporto Panamá Pacífico.

No total, o Panamá já deportou 219 migrantes em duas semanas, incluindo os indianos, graças ao acordo de cooperação com os Estados Unidos. A imigração irregular segue sendo uma preocupação para as autoridades locais e internacionais, que buscam conter essa prática ilegal que coloca em risco a vida dos migrantes e afeta a segurança das fronteiras.

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