Essa redução nos investimentos em educação reflete um cenário de crise enfrentado pelas universidades brasileiras, que já vinham enfrentando dificuldades durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Conflitos entre reitores de instituições federais e o Ministério da Educação, somados a cortes orçamentários, levaram as universidades a um momento de extrema fragilidade.
Em 2020, as instituições federais registraram uma queda no número de matrículas, algo inédito desde 1990. No ano seguinte, a situação se agravou, com muitas universidades correndo o risco de fechar prédios e interromper serviços essenciais. As dívidas acumuladas durante esse período ainda são um fardo para as instituições, que buscam se reerguer financeiramente.
Além disso, as universidades públicas tiveram que lidar com desafios extras durante a pandemia, como garantir a permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade econômica, reforçar as medidas sanitárias para o retorno das atividades e investir em soluções para combater a propagação do vírus.
Diante desse cenário, a queda no investimento por aluno em universidades públicas é um reflexo das dificuldades enfrentadas pelo ensino superior no Brasil. É fundamental que medidas sejam adotadas para fortalecer as instituições e garantir que a qualidade da educação não seja comprometida.