Entre os fatores que contribuem para esse cenário estão o custo acessível dos veículos, o crescimento de negócios com veículos compartilhados e a dificuldade de acesso à CNH pela população. Além disso, a expansão das áreas urbanas e a necessidade de transporte individual em regiões com infraestrutura limitada também são apontadas como razões para o alto número de proprietários sem habilitação.
O estudo mostrou que os homens representam 80% dos proprietários de motocicletas, com a maioria na faixa etária de 40 a 49 anos, seguida por aqueles de 50 a 59 anos. Já entre os proprietários com habilitação, a maioria está na faixa etária de 30 a 39 anos.
Os dados também apontam que as motocicletas representam 28% da frota nacional, com previsão de alcançar 30% em seis anos. O estado do Maranhão lidera o ranking com o maior percentual de motocicletas, seguido por Piauí, Pará, Acre e Rondônia.
Além disso, o estudo revela um aumento no número de multas emitidas para motociclistas, com mais de 638 mil autos de infração emitidos até julho de 2024. Mais de 80% das multas estão relacionadas à não utilização ou uso inadequado dos equipamentos de segurança, como o capacete.
Diante desses dados, fica evidente a necessidade de políticas públicas e estratégias de mobilidade para garantir um trânsito mais seguro, especialmente para os condutores de motocicletas. A conscientização sobre a importância do uso de equipamentos de segurança e a posse de habilitação adequada são fundamentais para reduzir o número de acidentes e vítimas no trânsito.